sábado, 10 de outubro de 2020

Dicas para quem vai fazer concurso

              


                     
                 Estude cedo e sempre

        Não deixe para estudar Português na última hora. É difícil, em pouco tempo, adquirir habilidade de leitura e domínio das normas gramaticais. As provas estão muito voltadas para a capacidade de o aluno interpretarproduzir textos; diante disso, o concursando deve ter hábito de leitura, treinar bastante a comunicação escrita e estudar gramática durante um tempo razoável a fim de adquirir domínio da norma culta 

         Quem estuda bem Português não aprende para concursos; torna-se um usuário competente da língua pelos anos afora. Isso faz diferença na vida profissional.


                             Fique atento ao que mais cai na prova

 O que se prioriza hoje são os mecanismos que promovem a textualidade, entre os quais se destacam a coerência, a coesão, a informatividade. Foi-se o tempo em que o importante era decorar nomenclatura e classificar orações. Hoje o aluno tem que demonstrar um conhecimento ativo, funcional, da língua. É fundamental ainda conhecer as técnicas de leitura e interpretação dos textos, bem como se preparar de forma objetiva, ou seja, lendo e resolvendo provas anteriormente elaboradas por órgãos como Esaf, Cespe, Cesgranrio, etc.

             

                             Treine muito leitura e interpretação de textos

      O problema de ler e interpretar textos é primeiro semântico; tem a ver com a dificuldade em compreender o vocabulário. Depois se estende à esfera estrutural e lógica. Uma boa providência é colocar o texto na ordem direta e procurar fazer inferências (deduções) a partir dos conteúdos apresentados. Isso é fundamental em provas de concursos, cujos textos destacam mais as ideias do que as emoções.

Ler bem é explorar todas as virtualidades de um texto, relacioná-lo com outros textos e com o mundo ao redor. As bancas de concurso vêm cada vez mais exigindo essas habilidades.

                

                Prepare-se para as provas discursivas 

As provas discursivas permitem uma melhor avaliação dos conhecimentos linguísticos dos alunos, que são levados não apenas a reconhecer as estruturas corretas, mas também a produzi-las.

Isso requer uma atenção redobrada. É preciso, por exemplo, muito cuidado com a ortografia e com a sintaxe de concordância e regência. Gramaticalmente, esses são os erros mais comuns nesse tipo de provas.

A par disso, é preciso estruturar as respostas de modo a que elas efetivamente respondam o que foi pedido. Respostas lacunosas ou prolixas denotam um domínio precário do idioma, o que obviamente compromete a avaliação


                           Leia livros...

    É fundamental conhecer os bons autores  os chamados clássicos, que constituem referência de expressão linguística. Neles se aprende gramática de maneira indireta, mas não menos eficaz. Sobretudo, neles se aprende a usar bem a língua. É preciso entender que a gramática nada mais é do que uma sistematização dos usos linguísticos presentes nos bons escritores (e redatores).

Se não se tem tempo para ler Machado de Assis, Graciliano Ramos, Clarice Lispector e outros, pode-se com muito proveito ler os bons colunistas de revistas e jornais. O Brasil, historicamente, tem uma tradição de jornalistas-escritores que vem de Bilac, Machado, João do Rio, Nelson Rodrigues, Rubem Braga e vários outros.

Estes autores morreram, mas deixaram um legado que se estende a muitos nomes hoje em atividadetanto no País quanto aqui mesmo, na Paraíba, ondeexcelentes cronistas.

 

                                 ...revistas e jornais 

           Os bons jornais e revistas são excelentes subsídios para o conhecimento da língua. Neles geralmentebons articulistas, que dominam a palavra escrita e, pela própria natureza do veículo em que escrevem, são levados a exercitar ao máximo qualidades como a clareza e a concisão.

Esses escritos são referenciais preciosos para quem deseja produzir um texto enxuto e objetivo. Além disso, eles trazem informações de natureza variada, o que é essencial para aumentar a compreensão dos problemas que ocorrem no mundo. Sem esse conhecimento, ninguém chega a ser um bom leitor.

 

                                  Aprenda a estudar 

            Passe e repasse todos os itens do programa. Resolva provas de anos anteriores referentes ao tipo de concurso que vai fazer. Procure uma boa orientação, para não correr o risco de estudar errado. Em provas de concursos, devem-se concentrar os esforços naquilo que é decisivo; para facilitar isso, há todo um histórico de como procedem as entidades responsáveis pela elaboração das provas. É fundamental conhecê-lo.

                                              

                                 Cultive a disciplina

         Ter disciplina é fazer o que deve ser feito quando se desejaria fazer outra coisa. 

       Trace uma meta e procure alcançá-la com persistência e disciplina. Existem alunos que se matriculam em nosso curso, frequentam-no um mês e depois desaparecem. Um dia voltam, recomeçam a frequentá-lo e desaparecem de novo. Parecem pessoas mal resolvidas, que precisam em algum momento fingir que estão estudando. Esse modo de agir termina levando ao cansaço e à desistência.


                   Redobre os cuidados nas provas da área jurídica

 O texto jurídico exige sobretudo clareza e rigor. O vocabulário jurídico é unissêmico, ou seja, nele cada palavra tem um valor único, imune às extrapolações da linguagem figurada. A ele repugna a ambiguidade, qualquer desvio é comprometedor (enquanto o texto literário, por exemplo, tira sua riqueza da polissemia e, em parte, dos “desviosem relação à norma).

          Nesse tipo de provas, todo cuidado é pouco com a ordem das palavras, o sentido, a pontuação. Uma vírgula mal colocada pode obscurecer o pensamento e gerar controvérsias interpretativas.