Estude cedo e sempre
Não deixe para
estudar Português na última hora. É difícil, em pouco tempo, adquirir habilidade
de leitura e domínio
das normas gramaticais.
As provas estão muito
voltadas para a capacidade
de o aluno interpretar e produzir textos; diante disso, o concursando deve ter
hábito de leitura, treinar bastante a comunicação escrita e estudar gramática durante um tempo razoável a fim de adquirir domínio da norma culta.
Quem estuda bem Português não aprende só para concursos;
torna-se um usuário
competente da língua
pelos anos
afora. Isso
faz diferença na vida
profissional.
Fique atento ao que mais cai na prova
O que
se prioriza hoje são
os mecanismos que
promovem a textualidade, entre os quais
se destacam a coerência,
a coesão,
a informatividade. Foi-se o tempo em que o importante
era decorar nomenclatura e classificar orações. Hoje o
aluno tem que
demonstrar um
conhecimento ativo,
funcional, da língua.
É fundamental ainda
conhecer as técnicas
de leitura e
interpretação dos textos, bem como se preparar de forma objetiva, ou seja, lendo e resolvendo provas
anteriormente elaboradas por órgãos como Esaf, Cespe, Cesgranrio, etc.
Treine muito leitura e interpretação de textos
O problema
de ler e interpretar textos é primeiro semântico;
tem a ver com
a dificuldade em
compreender o vocabulário.
Depois se estende à esfera
estrutural e lógica. Uma boa providência é colocar o texto na ordem direta e procurar fazer inferências (deduções)
a partir dos conteúdos
apresentados. Isso é fundamental em provas de concursos,
cujos textos
destacam mais as ideias do que as emoções.
Ler bem
é explorar todas as virtualidades
de um texto,
relacioná-lo com outros
textos e com
o mundo ao redor.
As bancas de concurso
vêm cada vez
mais exigindo essas habilidades.
Prepare-se para as provas discursivas
As provas
discursivas permitem uma melhor
avaliação dos conhecimentos linguísticos dos alunos,
que são
levados não
apenas a reconhecer
as estruturas corretas, mas também a
produzi-las.
Isso requer uma atenção redobrada. É preciso,
por exemplo,
muito cuidado
com a ortografia e com a sintaxe de concordância
e regência.
Gramaticalmente, esses
são os erros
mais comuns
nesse tipo de provas.
A par disso,
é preciso estruturar
as respostas de modo
a que elas
efetivamente respondam o que foi pedido.
Respostas lacunosas ou
prolixas denotam um domínio
precário do idioma,
o que obviamente compromete a avaliação
Leia livros...
É fundamental
conhecer os bons
autores – os chamados clássicos, que
constituem referência de expressão linguística.
Neles se aprende gramática de maneira
indireta, mas
não menos
eficaz. Sobretudo,
neles se aprende a usar bem
a língua. É preciso
entender que
a gramática nada
mais é do que
uma sistematização dos usos linguísticos presentes
nos bons
escritores (e redatores).
Se não
se tem tempo para
ler Machado
de Assis, Graciliano Ramos, Clarice
Lispector e outros, pode-se com muito proveito ler os bons colunistas
de revistas e jornais.
O Brasil, historicamente, tem uma tradição
de jornalistas-escritores que vem de
Bilac, Machado, João do Rio,
Nelson Rodrigues, Rubem Braga e vários outros.
Estes autores
morreram, mas deixaram um legado que se estende a muitos
nomes hoje
em atividade
– tanto no País
quanto aqui
mesmo, na Paraíba, onde
há excelentes cronistas.
...revistas e jornais
Os bons
jornais
e revistas
são excelentes
subsídios para
o conhecimento da língua.
Neles geralmente há bons
articulistas, que
dominam a palavra escrita
e, pela própria
natureza do veículo
em que
escrevem, são levados
a exercitar ao máximo
qualidades como
a clareza
e a concisão.
Esses escritos
são referenciais preciosos
para quem deseja produzir um texto enxuto e objetivo.
Além disso, eles
trazem informações de natureza variada, o que
é essencial para
aumentar a compreensão
dos problemas que
ocorrem no mundo. Sem
esse conhecimento,
ninguém chega
a ser um bom leitor.
Aprenda a estudar
Passe e repasse
todos os itens
do programa. Resolva provas de anos anteriores referentes
ao tipo de concurso que
vai fazer. Procure uma boa orientação,
para não correr o risco de estudar errado. Em provas de concursos,
devem-se concentrar os esforços
naquilo que é decisivo;
para facilitar isso, há todo um histórico de
como procedem as entidades
responsáveis pela
elaboração das provas.
É fundamental conhecê-lo.
Cultive a disciplina
Ter disciplina é fazer o que deve ser feito quando se desejaria fazer outra coisa.
Trace uma meta e procure alcançá-la com
persistência e disciplina.
Existem alunos que
se matriculam em nosso curso, frequentam-no um mês e depois desaparecem. Um
dia voltam, recomeçam a frequentá-lo e
desaparecem de novo. Parecem pessoas
mal resolvidas, que
precisam em algum
momento fingir
que estão estudando. Esse modo de agir termina levando ao cansaço e
à desistência.
Redobre os cuidados nas provas da área jurídica
O texto jurídico exige sobretudo clareza e rigor. O vocabulário jurídico
é unissêmico, ou
seja, nele cada palavra
tem um valor
único, imune
às extrapolações da linguagem
figurada. A ele
repugna a ambiguidade, qualquer desvio é comprometedor (enquanto
o texto literário,
por exemplo,
tira sua riqueza da polissemia e, em parte, dos “desvios”
em relação
à norma).
Nesse tipo
de provas, todo
cuidado é pouco
com a ordem das palavras,
o sentido,
a pontuação.
Uma vírgula mal
colocada pode obscurecer o pensamento e gerar controvérsias
interpretativas.